segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mangue Negro

Mangue Negro

Origem: Brasil
Ano: 2008
Direção: Rodrigo Aragão

Elenco: Valderrama dos Santos, Kika de Oliveira, André Lobo, Reginaldo Secundo, Markus Conká, Maurício Ribeiro, Ricardo Araújo, Antônio Lâmego, Júlio Tigre
Duração: 105 min

Sinopse: Uma comunidade que vive da coleta de mariscos e siris tem muita dificuldade em conseguir seu sustento. O mangue está morrendo. Este quadro é agravado quando repentinamente começa a haver ataques de zumbis. Um rapaz e uma moça lutam por sua sobrevivência.

O filme de Rodrigo Aragão tem todos os elementos do gênero: o surgimento de zumbis sem nenhuma explicação, o ataque às primeiras vítimas, a formação de bandos de zumbis, o aparecimento de um herói improvável, o cerco, o outro herói que vai ao sacrifício para ajudar os companheiros e a tentativa de fuga do lugar.

Uma história contada mil vezes. Rodrigo Aragão não quer inovar. Quer apenas divertir o público ou ele mesmo se divertir. Muitas vezes o divertido é dar o susto. Este propósito é plenamente atingido e de forma brilhante. Um produção bem cuidada, ainda que com baixo orçamento, que consegue criar efeitos de maquiagem, bonecos eletrônicos e animações e performances muito boas de atores veteranos e estreantes. A trilha sonora está perfeita, com escolha muito boa de músicas para sublinhar as passagens, para abertura e fechamento do filme.

Todavia, Rodrigo Aragão inova em alguns momentos. Em primeiro lugar a ambientação da história ser numa comunidade de pescadores, muito pobre, dando um contorno social ao seu drama. Segundo, esta comunidade está sofrendo com a escassez de siris e outros produtos, talvez provocada pela pesca indiscriminada o que dá um contorno ecológico ao seu filme, sem que haja um discurso militante.

Atenção: spoiler!

Também é original a explicação dada por uma xamã (que, contra o estereótipo, não é uma mãe de santo): o mangue está morrendo e os zumbis são uma forma de vermes que se alimentam do "tecido morto" do lugar e, usando a própria frase do cartaz do filme, diz: A decomposição é inevitável.

Um filme principalmente divertido.

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