segunda-feira, 19 de abril de 2010

Psicanálise: Ensaios e Crônicas


Ficha Técnica
Psicanálise Ensaios e Crônicas
autor: Sônia Carneiro Leão
editora: Livro Rápido
ano: 2009
páginas: 207


Sinopse: Coletânea de escritos tendo como pano de fundo a experiencia psicanalítica da autora. Neste livro o leitor encontrará alguns ensaios com diversas profundidades, desde os teóricos, aos que abordam sobre temas de interesse para quem estiver disposto a conhecer um pouco mais sobre si mesmo, passando por crônicas onde o aspecto humano é ressaltado.

Sônia Carneiro Leão nos conta neste livro sua experiência como psicanalista, mostrando um pouco de sua trajetória intelectual, com destaques das influências marcantes de Lacan, Maud Mannoni e Winnicott e também um pouco de sua experiência profissional.

Eu, em particular, tenho bastante apreço pela psicologia e pela psicanálise, pois sempre são uma boa fonte de referência para criação de personagens e enredos, sobretudo fantásticos. Mas sou leigo no assunto, embora bem informado e é sob este ângulo que farei minha resenha.

No consultório durante cerca de uma hora se desenrola sempre um pequeno drama onde, além do terapeuta e do paciente, transitam homens mulheres e crianças vindas das lembranças e sonhos do paciente e da experiencia da terapeuta, que compões histórias, sempre reveladoras.

Sempre gostei da imagem do terapeuta como um ouvinte e um contador de histórias. Este livro revela um pouco disso, sobretudo na crônica, "Um nada acontecendo".

O inverso também acontece, quando Don Juan, uma caricatura que Molière fez de um tipo de homem é analisado no divã de Sônia Leão, em A Conquista sem posse. Ou na análise do filme Ligações Perigosas. 

Destaco também dois ensaios em particular: A Adolescência, o Momento de Concluir, e A Morte e o Morrer. O primeiro procura contextualizar a adolescência como a conclusão de um processo evolutivo do ser humano e o segundo discute a visão da morte, colocando-a como parte do viver. A morte, segundo a autora, daria sentido a vida. 

O texto é sóbrio e flui com facilidade mesmo nas passagens mais técnicas, permitindo uma leitura prazerosa mesmo para quem não é do ramo.

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