Titulo Original:
King Rat
Autor: China
Miéville
Tradução:
Alexandre Mandarino
Editora:
Tarja Editorial
Ano: 2011
400
páginas
Sinopse: Saul
é surpreendido com a morte do pai e logo em seguida com a sua
prisão. Enquanto aguarda novo interrogatório em sua cela, é
libertado por um homem de maneiras furtivas, que se autodenomina Rei
Rato. A partir daí Saul
toma contato com um mundo novo escondido em pontos obscuros da cidade
de Londres: os becos, os telhados e sobretudo o esgoto, onde encontra
com os súditos do Rei Rato e outros reis, criatura antropomórficas
de animais e um grande inimigo comum a todas estas criaturas.
Com
uma tradução primorosa de Alexandre Mandarino, que se preocupa em
contextualizar o leitor no universo onde a trama se desenrola: o
mundo dos excluídos de Londres e o mundo dos músicos e fãs do Drum
and Bass, que
se misturam entre si.
Rei
Rato
pode ser classificado como New Weird, um
gênero de literatura fantástica caracterizado entre outras coisa
por misturar elementos das três vertentes principais da literatura
fantástica: horror, fantasia e ficção científica, mas poderia
igualmente ser caracterizado como Fantasia Urbana, sem
susto. Mas pouco importa a classificação, pois o romance é
excelente.
O
primeiro ponto a favor de Miéville é a linguagem. Ele usa metáforas
pouco usuais pra descrever as ações, o ambiente e os sentimentos
dos personagens chegando a tornar poéticos vários trechos. Isso
desde a frase que abre o romance:
Os
trens que entram em Londres chegam como navios que singram telhados.
Esta
poetização ocorre mesmo em trechos onde algumas pessoas sentiriam
asco.
Um
outro elemento importante é música, que dá o foco e, literalmente,
o ritmo da narrativa. Narrativa esta que prende o leitor de várias
maneiras, pelo clima, pelo suspense e pelos personagens,
principalmente Saul. E também pelo desenlace da trama.
A
escolha do inimigo dos ratos é perfeita e muito bem contextualizada
no enredo.
A
capa está ótima, bem como as ilustrações internas e as vinhetas dos capítulos, ressaltando
muito bem o clima de Rei Rato.
Uma
pequena bronca na Tarja: cadê o título original? Esta referencia é
bastante importante, mesmo neste caso em que é óbvio:
King Rat (mas tive que
confirmar pelo Google).
E
agora um elogio: o disclaimer
da página 2 (“Todas as citações e nomes... etc) é hilariante
(não sei se é ideia da Tarja ou do autor).
Nerd Shop
Você pode encontrar Rei Rato aqui
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