sábado, 1 de setembro de 2012

A Liga de Urantia


A Liga de Urantia – Aventuras virtuais Consequências reais
Autor: Julio Cesar de Castro Ferreira
Editora: Nebadoon
Ano: 2012
300 páginas

Sinopse: Cinco adolescentes são selecionados para testarem uma plataforma inédita de jogos MMORPG (Massive Multiplayer Online RPG), onde a proposta é uma imersão total dos jogadores no ambiente virtual do game Solaris, por meio de capacetes neurais. Algo porém da errado e os jogadores ficam aprisionados neste mundo virtual, que agora é controlado pela inteligencia artificial destina a manter este mundo virtual de forma coerente. Para complicar, a IA consegue, por meio de técnicas de hackeamento, transferir para o mundo real as consequências do mundo virtual, colocando em risco a vida do planeta. No mundo real, paralelamente é necessário não só impedir o avanço da IA, preservando a vida dos jovens, como tentar descobrir quem está por trás disso.

O livro é direcionado ao público pre adolescente e adolescente, as gerações Y e Z, que têm como principal fonte de lazer os games, em especial os online. Para isso, o autor busca colocar elemento que garantam o envolvimento deste público na leitura da trama. Primeiro colocando de forma clara e facilmente identificável elementos deste universo, como, por exemplo, a entrega de missões com descrição de objetivos, habilidades necessárias e ameças a enfrentar. Segundo colocando tudo isso numa trama complexa o suficiente para atrair e manter o leitor no livro. E por fim criando cenas de batalha emocionantes, para garantir um diversão pelo menos interessante e envolvente, do contrário o leitor largará o livro e irá jogar.

Este desafio foi vencido pelo autor de forma brilhante, o que garante por si só a leitura do livro.

Por outro lado, é conveniente apontar alguns problemas. Em alguns momentos, tem-se a impressão de estar no meio de um episódio de A Caverna do Dragão, com alguns personagens que parecem um pouco com o grupo do antigo desenho (inclusive um Game Master palpiteiro, que mais atrapalha que ajuda). 

Um outro problema é a presença de algumas inverossimilhanças, na realidade alguns exageros principalmente no envolvimento das empresas, dos pesquisadores e do governo na construção do jogo em si (muita tecnologia, recursos financeiros imensos, muito envolvimento e muita vulnerabilidade para um evento só). Mas, felizmente, isso fica em segundo plano quando a ação engrena e passamos a torcer pelos heróis.

Conclusão

Há uma regra não escrita para se fazer uma análise de uma obra destinada ao publico adolescente: ela deve ser tão interessante que até um adulto gostaria de lê-la. Creio que este romance atende a esta característica plenamente.


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