Título Original: Black Swan
Ano: 2010
Duração: 108 min
Diretor: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman, Andres Heinz
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis e Vincent Cassel
Sinopse: Nina (Natalie Portman) ganha o papel principal no balé O Lago dos Cisnes. Meiga e delicada e extremamente técnica pode interpretar com perfeição o Cisne Branco. Porém o diretor, Leroy (Vincent Cassel), deseja que ela represente também a vilã, o Cisne Negro, que é sedutora e perversa.
Por ter a sexualidade reprimida por uma mãe castradora e uma busca obsessiva pela perfeição, não consegue se soltar para representar o papel do Cisne Negro, apesar das apostas em contrário do diretor.
Lily (Mila Kunts) é a segunda bailarina e deseja o lugar de Nina (pelo menos é o que Nina pensa) e tem as características que o diretor espera para interpretação do Cisne Negro. Começa um jogo de aproximação e afastamento entre as duas onde a imaginação doentia de Nina não consegue separar o sonho da realidade.
A atuação de Natalie Portman está soberba bem como a direção segura de Darren Aronofsky. O diretor consegue criar suspense no drama e gera no espectador a mesma tensão e dúvidas que se passam na cabeça da protagonista.
Para os que buscam uma interpretação psicanalítica da trama, o filme trata do problema do encontro com a Sombra, que a protagonista vive de forma doentia, a ponto de se sentir transformando-se no próprio cisne negro. Aliás esta transformação é feita com auxílio bem dosado de efeitos especiais e maquiagem, gerando uma cena de balé fantástica.
Também na linha psicológica, está o uso constante de espelhos, alguns partidos em cenas dramáticas, representado a parte de nós mesmo que não queremos ver e acabamos projetando no outro (Nina em Lily).
Para os fãs de balé, o filme não decepciona, sobretudo pela interpretação de Natalie Portman, que treinou exaustivamente para poder representar a bailarina. E, pra os que não são fãs, o balé aparece na medida correta, sem aborrecer e bem aderido à trama.
A trilha sonora está muito bem colocada sublinhado bem pontos de tensão e ajudando a compor o clima obsessivo. Por exemplo, os acordes mais conhecidos do Lago dos Cines aparecem numa caixa de música e no toque do celular da personagem principal, como se ela só vivesse para aquilo.
Trailler