terça-feira, 20 de abril de 2010

A Pedra Mágica

Ficha Técnica 
A Pedra Mágica (Shorts)
Direção e roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Leslie Mann, Kat Dennings, Jon Cryer, James Spader, William H. Macy, Jimmy Bennett, Leo Howard, Jonathan Breck, Devon Gearhart, Rebel Rodriguez
Duração: 89 minutos

Sinopse: A rotina da cidade de Black Falls muda radicalmente quando um menino, Toby Thompson, acha uma pedra que pode realizar desejos.
Bem, ele não é o primeiro a achar e não é só ele que acha. O menino não se lembra muito bem da sequência dos acontecimentos e resolve contar a história como se fossem quadros independentes do tempo, e o elemento de ligação é uma pedra mágica. Esse é um dos motivos pelo qual o filme originalmente se chama Shorts (na tradução literal, "Curtas", que em absoluto faria qualquer sentido para uma criança brasileira).

O filme está centrado em três temas que se interligam. O primeiro deles é o desejo. A pedra atende aos desejos como qualquer padrinho mágico ou gênio: ao pé da letra. E nem sempre o que desejamos é realmente o que queremos, e muito menos o que obtemos. E às vezes a pessoa que está de posse da pedra não sabe de seu poder e acaba falando algo que não deve.

O segundo ponto é a economia local. Toda ela gira em torno de uma empresa chamada Black Box, que produz uma engenhoca multiuso que pode se transformar de aspirador de pó a laptop. E o vilão é o dono da fábrica, arrogante, egocêntrico e ambicioso. Um mau patrão e mau pai.

O terceiro ponto é a baixa interação entre pessoas. Apesar de todos estarem conectados via meios eletrônicos, há pouca interação interpessoal entre os adultos, entre crianças e adultos e até entre algumas crianças. Isso é representado pelos pais de Toby, que, em muitos momentos, um ao lado do outro, trocam torpedos que não chegam a ser lidos, por causa do mar de e-mails e mensagens que cada um recebe.

Os personagens são estereotipados, mas precisamos lembrar que estamos diante de um filme infantil, em que o vilão precisa ser bem identificável e o herói tem a faixa etária similar à da plateia (6 a 12 anos) e precisa ser um pouco vítima no início.

Toby, por exemplo, é o típico rejeitado. Menosprezado pela irmã mais velha, ele é vítima de bullying na escola, apanhando diariamente de uma turma de valentões, comandada pela filha do dono da Black Box (o que deixa Toby sem possibilidades de reação, por ela ser menina e por ser filha do patrão de seus pais).

Característica dos filmes de Robert Rodriguez é a possibilidade de redenção do vilão, após o confronto final. O vilão, no fundo, não é tão mau assim e pode aprender alguma lição do episódio. O filme é bem direcionado para crianças, e o fato de ele ser dividido em episódios pode agradar tanto aos pequenos, habituados com a linguagem dos desenhos animados, quanto aos um pouco mais velhos, que conseguem acompanhar a trama que interliga os episódios.

As cenas dos resultados dos desejos são muito agitadas e engraçadas, podem até agradar os adultos que acompanharem forçadamente seus pimpolhos ao cinema.

Podemos dizer que Robert Rodriguez fez um filme para toda a família. (Principalmente a dele. Há vários Rodriguez na ficha técnica, como seu filho de 10 anos e sua filha de menos de 1 ano tem um papel.) Em resumo, muito bom para as crianças. Pode também divertir muitos adultos, desde que se desliguem e relaxem.

Um comentário:

  1. Adorei esse filme!
    As caras e bocas do ator principal são hilárias!
    E achei muito bem sacado o lance de contar a história toda desordenadamente!
    Dez!

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