Ficha Técnica
Banquete de Contos e Poesias
Autor: Alberico Rodrigues
Editora: Mentes Raras
Páginas: 150
Ano: 2008
Sinopse: Entre histórias que contam reminiscências de infância e adolescência, contos e poesias ligeiramente autobiográficos sobre o ofício de escrever, encontros com histórias por vezes cruéis da cidade de São Paulo, a coletânea navega, trazendo por meio de uma linguagem fluída, a visão que o autor tem da vida.
Banquete de Contos e Poesias
Autor: Alberico Rodrigues
Editora: Mentes Raras
Páginas: 150
Ano: 2008
Sinopse: Entre histórias que contam reminiscências de infância e adolescência, contos e poesias ligeiramente autobiográficos sobre o ofício de escrever, encontros com histórias por vezes cruéis da cidade de São Paulo, a coletânea navega, trazendo por meio de uma linguagem fluída, a visão que o autor tem da vida.
A fluência da linguagem simples de Alberico Rodrigues é a principal característica deste livro. Os contos trazem muitas vezes um humor irônico, como Ovo Amigo, em que um escritor esfomeado debate consigo mesmo se deve ou não comer o ultimo ovo que tem na geladeira, ou do escritor sem inspiração, em Ociosidade do Escritor, que sai pela cidade em busca de algo e volta carregado de histórias que ele mesmo vivencia, ou O Poeta Andarilho, que finge ter uma mensagem importante para conseguir sobreviver. Ou o casal que discute infindavelmente mas se mantém junto em Obstinação.
Outra vezes, como em Pão e em Toninho, um destino previsível, a crueldade da cidade grande que forma marginais é duramente retratada, sem simpatias ou condenações prévias, onde, como o autor, nos quedamos impotentes ante a força maior da cidade.
Impotência esta que ele tenta compensar com uma atitude pessoal de luta como em Antonildo versus Mundo-Monstro, onde o personagem se recusa a ser derrotado pelo mundo. Ou quando tenta criar um cenário utópico neste nosso mundo em um futuro longínquo em Um flash no mundo dos humanos em 2220.
Fugindo um pouco a este tom, Alberico continua com um conto policial, com pinceladas bem humoradas, Uma ocorrência policial com um tour-guide.
Há, ainda, um conto de horror, muito bem escrito, A Sanha dos Gatos, onde um gato maltratado clama por vingança e é ouvido.
Em O popular Fernando, Alberico procura homenagear um amigo. Ooo.... Zé Batalha é um conto onde ele retoma um personagem de seu romance, Zé Batalha, um herói de minha infância. Como característica principal temos justamente o reforço de uma memória de criança.
O conto seguinte retrata outra lembrança, desta vez de adolescência, onde o personagem principal relembra saudoso a primeira mulher que o seduziu.
Fechando a coletânea de contos, um triângulo amoroso não muito clássico: Dayse, José e Joana, onde o tempero é justamente ingenuidade de José.
Após os contos, vem um grupo de poesias.
Nas duas primeiras (Adeus, so long, au revoir e Meus vinte anos) percebe-se por vezes um desencanto com a humanidade e com a própria vida. Esse desencanto como se apreende de sua leitura não parece ser muito bem aceito pelo próprio autor, que às vezes tenta negá-lo ou busca compensá-lo de alguma forma, tentando devolver a fé senão na humanidade, pelo menos em alguns homens.
Flash Paulistano mistura reminiscências de seu passado com o burburinho de São Paulo. Em O Silêncio, o poeta brinda o Silêncio como a companhia ideal pra quem escreve.
Em Mãezinha Querida o autor rememora um dos últimos encontros que teve com sua mãe.
Fechando o livro, com Mensagem Otimista, o autor busca ainda uma ultima palavra ao leitor dizendo que, apesar de tudo, ainda há esperança.
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