quinta-feira, 4 de março de 2010

Laertevisão: Coisas que eu nunca esqueci


Ficha Técnica
Laertevisão: Coisas que eu não esqueci
Autor: Laerte
Editora: Conrad
Páginas: 128
Preço: R$ 46
Ano: 2007

Sinopse: O cartunista Laerte quadriniza lembranças de infância, ligando-as algumas vezes com sua vida de adulto. 

Laerte, sob a organização de seu filho Rafael Coutinho, reúne neste livro lembranças as mais variadas de sua infância, adolescência e vida adulta, ligadas entre si pela omnipresente televisão, pelos quadrinhos, e jornais e revistas das épocas retratadas.

Quem viveu os tempos retratados pode relembrar junto com ele, já que ele pinta com as mesmas cores da infância e adolescência de muita gente com mais de 50 anos. Fatos como a esperada chegada dos gibis (HQs nos anos 60) nas bancas, o Capitão 7 (um super herói brasileiro, que animava as tardes), a Hebe Camargo não tão velha e Jaqueline Mirna (a loira gostosa que fingia ser francesa na antiga Praça da Alegria) povoaram a imaginação do menino Laerte.

Há momentos marcantes como a morte de John Kennedy em 63 e a atitude de falso moralismo de Hebe Camargo ao expulsar os Beatnicks do palco após um deles dizer "Eu matei meus pais". Ou o gol de Jairzinho contra Inglaterra na Copa de 1970.

Laerte conduz a narrativa como normalmente aparece em nossa mente quando lembramos. Uma vaga linha o tempo que vai e vem, deixando um gosto de passado presente.
Algumas lembranças fizeram falta, como a novela de gozação Ceará contra 007, onde Jô Soares fazia o James Bonde (assim mesmo, com e no final). Mas esta lembrança é minha e não do Laerte, que talvez não gostasse do programa.

E quem não viveu tudo isso poderá curtir também? Creio que sim. Não há como deixar de comparar o que vivemos hoje e constatar que muita coisa mudou (ou...não). Tínhamos o BE-IN e o hoje temos o Flash Mobile. A "eletrola" Philips deu lugar ao iPod. Não levantamos mais para mudar o canal da TV e temos mais opções ("de merda", como diria Roger Waters, do Pink Floyd). E a Praça da Alegria virou A Praça é Nossa.

E o Laerte continua um excelente cartunista.

Um comentário:

  1. Pra quem tem mais de 50, só o nome Laerte já faz associar aos excelentes cartuns e a toda uma história por eles ilustrada.

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