Título
orignal (inglês): Valis
Autor:
Philip K. Dick
Tradução:
Fábio Fernandes
Editora:
Aleph
Ano:
2007
302
páginas
Sinopse:
Horselover Fat (na realidade um
alter ego de Philip Dick) tem uma experiência mística que o faz
acreditar ter encontrado Deus. Durante um tempo curto, ele sente estar
estar vivendo simultaneamente em duas épocas, uma nos anos 70 (tempo
presente da história) e outra na época de Cristo. Quando esta
sensação some, Horselover passa a procurar revivenciá-la
desesperadamente. Uma amiga sua se mata e isso é a gota d'água pra
ele sofrer um surto e ser internado. Ao ter alta, decide ir em busca
do Salvador. Nesta busca encontra Valis, um (im)provável artefato no
espaço, que acredita ser responsável pela sua visão.
Este
livro descreve de forma romanceada uma experiencia do próprio Dick
(descrita em uma excelente HQde Robert Crumb).
O
autor alterna a narração colocando-se como sendo ele Horselover Fat
outras como um amigo dele, que o acompanha e tem uma postura menos
alucinada (embora não descartando a hipótese de ser verdadeira a
experiência). Muitas vezes o os dois dialogam entre si e até tem
uma interação diferenciada com os amigos em comum, como se
realmente fossem duas pessoas (algumas vezes o leitor que se envolve
com a trama acha que são mesmo).
Os
amigos que o acompanham na maior parte do tempo são Kevin e David,
que representam duas posturas opostas em relação à religião.
Kevin é cético, por ver que o mundo é absurdo, e David, católico
praticante, de postura bastante dogmática.
Boa
parte do livro concentra-se na discussão travada por Horselover com
seus amigos (Dick entre eles) e eventualmente com outros personagens.
Este discussão é pontuada por dados extraídos de uma exegese
“escrita” por Fat (essa exegese realmente existe. São cerca de
8.000 laudas, e nunca publicadas em sua integra).
Percorrendo-se
aproximadamente dois terços do livro, encontramos Valis.
Inicialmente como um filme feito por um rock
star apelidado de Mamãe
Ganso, depois como um artefato (que pode ou não ser uma nave
alienígena).
Dick
define Valis, com um verbete de dicionário, logo na abertura do
romance:
“Uma
perturbação no campo da realidade no qual um vórtice
negencentrópico autominotorador espontâneo é formado, tendo
progressivamente a subsumir e incorporar seu ambiente em combinações
e informações”.
A
editora Aleph coloca na quarta capa que é um “romance policial
teológico” e de certa forma é isso mesmo, já que contém
perguntas que o personagem principal está investigando para alcançar
a verdade.
Como
sempre, o que Dick vai discutir é a natureza da “realidade”, a
eterna questão “nada é o que parece ser”.
Este
livro é importante poar algumas razões. A principal é que revela
muito da personalidade de Philip K. Dick, que não se importa de
mostrar seu lado mentalmente doentio (representado por Horselover).
Uma leitura imperdível para os fãs do autor. A outra é pelas
influências que exerceu, sobretuudo em Matrix.
Fechando
o livro, há um apêndice com uma sequencia de trechos da exegese de
Horselover Fat, reunidos em ordem numérica
Nerd
Shop
Em
português:
Valis, Philip K. Dick,
Editora Aleph. Clique aqui.
Em
inglês:
Valis,
Phlip K. Dick, Editora Orion Publishing. Clique aqui.
Valis,
Phlip K. Dick, Editora Vintage Books. Clique aqui.
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