sábado, 6 de março de 2010

Agente 86 - O Filme

Ficha Técnica 

Agente 86 - O Filme
Direção: Peter Segal
Roteiro: Tom J. Astle
Elenco: Steve Carell, Anne Hathaway
Duração: 110 minutos 




Sinopse: Maxwell Smart é um analista de informações do Controle – agência governamental americana ultra-secreta, construída exclusivamente para dar combate à KAOS. Seu sonho é tornar-se agente e abandonar de vez o ambiente extremamente burocrático em que vive.

Esse sonho se vê realizado quando a sede do Controle é atacada e a identidade de quase todos os agente é descoberta. Ele então é chamado para uma missão: encontrar o terrorista Siegfried, responsável pelo ataque, descobrir seu planos e neutralizá-los. Para isso contará com a ajuda da bela agente 99, única que teve sua identidade preservada.

A série em que se baseia este filme, criada pelo genial Mel Brooks, foi ao ar pela primeira vez em 1967 e vem sendo reprisada desde então gerando fãs, alguns que sequer viveram a guerra fria.

Aliás, a ausência da Guerra Fria foi um dos primeiros obstáculos a serem contornados nesta transposição para o cinema. Isso até que foi fácil. A solução foi a mesma encontrada no filme a Soma de Todos os Medos – aliás aqueles que o viram, vão achar várias referências a ele no Agente 86 (Get Smart). Organizações terroristas, com finalidades políticas ou não, agindo na clandestinidade ainda existem hoje. E a Kaos desde a série é uma organização sem polarização política definida, parecendo mais um grupo de bandidos da Disney: são maus pelo prazer de serem maus.

Outra dificuldade foram as referências aos equipamentos clássicos que caracterizaram a série: o sapatofone (como colocá-lo hoje em dia, se temos celulares?), o cone do silêncio (que nunca funcionava) e o carro esporte conversível usado pelo Maxwell Smart original?

Estes objetos aparecem logo abertura do filme em um museu dedicado ao Controle, apresentado por um guia a um grupo de turistas como uma organização governamental desativada pelo fim da Guerra Fria. Logo descobrimos que o Controle não foi desativada coisa nenhuma, acompanhando o burocrata Maxwell Smart pelo absurdo caminho de escadas disfarçadas de elevador (como na série original), que leva ao escritório central a agencia. O cone do silêncio é recriado como um equipamento mais moderno por dois nerds, da espécie filmicus tipicus. Igualmente inoperante.

O sapatofone e o carro aparecerão oportunamente ao longo do filme.

A escolha do elenco foi também um desafio bem vencido pelos produtores. A semelhança física de 86 e de 99 com os da antiga série é notória. E os atores, Steve Carell e Anne Hathaway, excelentes.

E como colocar os bordões da série ao longo do filme sem aparecer chato e repetitivo? Mais um desafio vencido. A frases aparecem como um meio de lembrar aos fãs da série que eles estão lá. Afinal todos estariam esperando por um "desculpe por isso chefe" ou "neste exato momento estamos cercado por 100 helicópteros do exército..."

Além de referências à série os fãs vão identificar várias referências a filmes de espionagem, sobretudo à série de 007. Alguns vilões e algumas cenas muito bem parodiados, como a luta de pára-quedistas em pleno ar, contrariando todas as três leis de Newton... várias vezes!
Há cenas muito engraçadas, como o baile em que Smart escolhe a dama mais improvável para ser seu par. Ou os diálogos cheios de nonsense (aliás, uma das marcas da série).

Uma boa diversão tanto para os fãs antigos, como os novos conquistados ao longo de dezenas de reprises nos últimos quarenta anos ou quem nunca a assistiu.

Paralelamente ao lançamento do filme está sendo lançado um box de DVDs com a série original. Uma das preocupações deste lançamento foi recuperar a dublagem feita para a TV com a vozes originais. Bom para quem quer relembrar ou conhecer esta excelente série.

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