Tron: O Legado
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Adam Horowitz e Edward Kitsis
Elenco: Jeff Bridges, Garrett Hedlund, Bruce Boxleitner, Olivia Wilde, Michael Sheen, James Frain
Música: Daft Punk
Direção de Arte: Claudio Miranda
Lançamento previsto: 17 de dezembro de 2010
Sinopse: Kevin Flynn, principal executivo de uma empresa de software, obcecado por querer dar a vida a seres de um universo virtual, desaparece misteriosamente. 20 anos depois, seu filho,Sam, imaturo, em vez de assumir os negócios, faz intervenções marginais e espetaculares, tentando resgatar a imagem do pai diante de uma diretoria ganaciosa. Tudo muda quando um amigo de Kevin recebe um bip num aparelho desativado desde o desaparecimento do executivo.
Na tentativa de resgatar Kevin, Sam vai ao escritório abandonado do pai e, ao acionar um computador antigo é levado a um mundo virtual, a Grade, o mesmo mostrado no primeiro filme de TRON.
Os roteiristas e o de diretor de TRON, o Legado tinham a responsabilidade de criar algo à altura do primeiro filme TRON, de 1982, que apesar do roteiro simples, foi revolucionário ao criar um mundo virtual, conceitualmente e como efeito especial e o uso massivo de computação gráfica, na construção dos cenários, veículos e roupas dos personagens.
Esperar algo revolucionário de novo numa sequência seria esperar demais, mas o risco de produzir algo sofrível era muito grande. A direção se preocupou em manter a forma original do cenário, das roupas e veículos, incrementando-os com mais detalhes e mobilidade, sem que o fãs do filme original e os que o desconheciam se decepcionassem. Foi mantido também o humor em cima do jargão técnico na medida certa, de forma a não aborrecer os que os desconheciam.
A trilha sonora do Daft Punk está primorosa, bem como os efeitos sonoros. O roteiro, um pouquinho mais denso que o primeiro filme, mas sem ser filosófico demais, garante um a boa diversão. Há também referencias a outros filmes, como Matrix (que é posterior ao TRON original), Guerra nas Estrelas (com a piada – estragada pelo trailler – “eu não sou seu pai”) e o Mágico de Oz, e ao fime TRON original, colocando alguns detalhes, como Bit, como um objeto de decoração (como se nos dissessem: “nós não esquecemos, viu!?”)
O que decepciona um pouco, sem comprometer a qualidade geral, é o uso da tecnologia 3D. Com tantos objetos virtuais, poderiam ter ousado um pouco mais.
No enredo merecem destaque o uso de conceitos de IA para explicar determinados comportamentos das entidades virtuais em oposição aos seres humano, sobretudo no final e o desenvolvimento de “vida” virtual paralela a partir de código espúrio (os ISO).
Curiosidades Nerd:
No filme, TRON é o nome de um personagem que representa uma rotina de ajuda ao usuário. O termo é uma abreviatura de TRACE ON, uma instrução do BASIC (linguagem de computação popular nos anos 80) e permite ao programador acompanhar o que está acontecendo a cada instrução que executada, mostrando seu resultado em tela, em forma de texto.
As referencias ao Mágico de Oz são várias, porém os roteiristas tentaram deixar mais marcado colocando o mundo real em 2D e o virtual em 3D (como no filme com Jud Garland: preto e branco versus colorido).
Há referencia também ao jogo de Go, originário da China, que é jogado sobre uma grade, colocando-se as pedras nos pontos de junção entre duas linhas. Kevin luta contra o vilão como se estivesse jogando Go (há um tabuleiro em sua sala), usando a estratégia de esperar o movimento do adversário, colocando-se indefinidamente em defesa. Isso normalmente irrita o adversário e o faz se precipitar.
Me deu vontade de ir assistir ao filme
ResponderExcluirA resenha é muito boa.
Sonia
Vi o filme, mas achei a resenha "boa demais" com ele. Sou fã do TRON original, e mais que os efeitos 3D fracos, o que se "destaca" neste filme é o roteiro fraquíssimos, com alguns furos inexplicáveis e cheio de jargões.
ResponderExcluirO filme poderia ter sido épico, e tornou-se uma piada. Sem graça, o que é pior!