domingo, 3 de novembro de 2013

Once Upon a Time...



Um dia depois do Dia das Bruxas recebi a notícia de que a Tarja Editorial, que investira pesadamente na Literatura Fantástica, fechara as portas. As mesmas portas que abrira anos antes para autores iniciantes e para um gênero marginalizado pelo mainstream.

Muitos autores inciantes começaram por lá e alguns tive o prazer de conhecer nos lançamentos e que depois se tornaram meus amigos, em companhia dos diretores da Tarja, Richard Diegues e Giampaolo Celli, pessoas que tinham um real entusiasmo por aquilo que faziam, desde a escolha de autores, de títulos, da arte da capa, tradução de obras estrangeiras e de tudo que faz um bom livro.

De todos os lançamentos, merece destaque a coleção Fantástica Literatura Queer que, mais do que levantar uma bandeira, trouxe textos de real qualidade de um tema duplamente marginalizado.

Não sabemos qual o motivo que gerou esta decisão, mas supomos ser pelas agruras deste mercado editorial, onde todos nós, autores, editores, críticos e leitores, somos pressionados pelos desprezo do chamado mainstream, da presença maciça de multinacionais que entopem as livrarias com livros com vários tons de cinza ou códigos de pintores renascentistas de um lado e de editoras caça niqueis de outro, que aviltam o trabalho de bons editores.


Espero sinceramente que o trabalho de Richard Diegues e de Giampaolo Celli continue em outras paragens. O mundo da Literatura Fantástica precisa de gente assim.

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