Direção: Ridley Scott
Roteiro: John Spaihts e Damon Lindelof
Elenco: Noomi Rapace, Michael
Fassbender, Guy Pearce, Idris Elba, Logan Marshall-Green, Charlize Theron
Produção:
EUA
Ano:
2012
Duração: 124
min.
Estreía: 15/06/2012.
Sinopse:
Na Terra, em 2089,
a Doutora Elizabeth Shaw e seu marido Charlie Holloway estão investigando uma
série de pintura rupestres e escritas antigas, que aparentemente apontam para
um conjunto de astros. A cientista acredita que sejam indicios fortes de uma
visita de extra terrestres num passado remoto e a partir dos dados coletados
conseguem localizar o ponto no espaço. Partem na nave Prometheus em busca de
uma possivel civilização. O que encontram são apenas ruínas e a algo mais.
Visualmente bonito e
com personagens bem desenhados e boas atuações dos atores que os representam, sobretudo
de Noomi Norén (Elizabeth Shaw), Charlize Theron (Meredith Vickers) e Michael
Fassbinder (o androide David).
Michael Fassbinder é um
andróide que tem que ocultar as verdadeiras funções da missão. Ele encarna
muito bem uma das coisas que me disseram sobre inteligência artificial: se um
dia um robô tivesse consciência e inteligência iguais às de um humano, ele seria
um psicopata. E é isso que David é: um andróide psicopata. Não um serial
killer, mas um refinado cínico, capaz de matar sim, mas apenas para atingir seus
objetivos (alguns deles pessoais, como o filme dá a entender). Sem culpa e sem
dor emocional. Um desempenho magistral de Fassbinder.
Você levaria um destes pra casa?
Charlize Theron faz o
papel de Meredith Vickers, a fria, calculista e bela chefe da missão. Ela
também tem objetivos ocultos pelos quais mataria se preciso fosse e faz um jogo
de estratégia tácito contra David, cada um procurando executar seus próprios objetivos,
às vezes colaborando um com o outro e outras se digladiando, de formas bem
sutis.
Meredith Vickers
Já o personagem de Noomi
Norén, Elizabeth Shaw é uma Rippley muito melhorada, tanto como personagem (a
coragem para se manter viva e seguir em frente com seu propósito, correndo
todos os riscos e mantendo sua integridade física e mental), como com a atuação
da atriz que a representa. Noomi faz o espectador torcer por Elizabeth Shaw.
Sem isso, o que seria do suspense?
Elizabeth Shaw
Riddley Scott procurou
fugir do enredo original de Alien, o 8° Passageiro, deixando-o como se fosse
uma referencia apenas, e se concentrou em criar uma história original. Coloca
como motivação básica da maioria dos envolvidos a busca pela origem da espécie
humana e calca-se em cima da teoria ufológica dos astronautas antigos. Os
deuses do passado seriam alienígenas que nos visitaram ou, numa visão mais
radical, nos plantaram aqui. Essa é a motivação de Elizabeth Shaw, que tem uma
visão mística deste possível contato: quer encontrar com o criador da raça
humana e descobrir os propósitos desta criação.
Trailer
Talvez aí se encontre um
ponto fraco do enredo. Alguém que crê no transcendente (isso é demonstrado no
filme pela presença do crucifixo no pescoço de Elizabeth) não vê como ponto final
a descoberta de um ser igualmente mortal que o criou. Curiosamente isso nos é
contado pela própria personagem. E empresas não gastam trilhões de dólares apenas
para ver Deus.
Todavia, Riddley Scott
consegue ao longo do filme dar verossimilhança a este propósito (apelando para
algo mais tangível, que é a busca da imortalidade e colocando os personagens
numa visão crítica aos supostos criadores) e as coisas voltam aos trilhos.
O suspense e as cenas
de ação são muito bem conduzidas. O efeito 3D é muito bom e usado sem exageros
(ou seja, sem objetos sendo jogados na platéia), aumentado a sensação de
realidade.
O final fecha muito
bem o enredo e o coloca no caminho de Alien, porém dá margem a continuações.
Excelente filme!
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