Star Trek XI
(Star Trek XI – The Future Begins)
(Star Trek XI – The Future Begins)
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Roberto Orci e Alex Kurtzman Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Leonard Nimoy, Eric Bana, Winona Ryder
Duração: 126 minutos
Reconstruindo o Universo
A proposta do novo filme de Star Trek, dirigido por J.J. Abrams, é reconstruir o universo. Mexer com ícones que ultrapassam o conjunto de fãs e são parte do inconsciente coletivo da humanidade é um desafio e tanto. E foi o que Abrams conseguiu com grande maestria.
Colocando a famosa tríade na juventude entre 18-25 anos, sendo McCoy o mais velho, justifica alguns comportamentos mais arrojados tanto de Spock quanto de Kirk, um verdadeiro garoto problema.
Isso é feito com a reverencia de um fã, que gosta dos personagens mas não teme extrapolar o que já foi narrado e imaginar como foi o começo da amizade que amalgamou os personagens ao longo de três temporadas e seis filmes para o cinema.
A ousadia de J.J. Abrams os coloca em uma situação bastante emocionante em vários sentidos. O estresse da ação constante, a pressão psicológica sobre personagens com mortes de entes queridos, decisões difíceis, o apetite sexual de Kirk e a paixão contida de Spock.
Tudo isso temperado com um humor que arranca risadas da plateia em diversas cenas. Um humor que também estava presente na série clássica, mas de forma mais branda.
E com muita ação, com lutas corpo a corpo, batalhas espaciais e até implosões de planetas, tudo dentro de um timing preciso e perfeito, que tira o fôlego do espectador.
Há ainda referencias interessante, como ao Capitão Pike, presente no episódio piloto que nunca foi ao ar, e a vários episódios e elementos da série e dos longas, sobretudo A Ira de Khan. Mas, apesar dessas referências, o filme funciona na medida também para quem não é fã, sendo totalmente autocontido.
Personagens de apoio (talvez mais do que isso) não são esquecidos, como Checov, Uhura, Sulu, Scott e até os “Camisas Vermelhas”, que às vezes estão lá apenas para serem mortos.
Se há uma crítica a ser feita é um pequeno excesso de sentimentalismo que o diretor usa para humanizar Spock, mas isso não chega a comprometer o enredo.
Os fãs mais aguerridos detectarão várias contradições. Mas eu perguntaria a eles:
– Vocês vieram aqui pra se divertir com uma boa história ou para procurar pelo em ovo?
Vida Longa e Próspera!
Uma resenha instigante que desperta o interesse no espectador de ir assistir ao filme mesmo que não seja este o tema de seus interesses.
ResponderExcluirPareceu-me fantástico. Ou, talvez, seja a resenha que é fantástica.
ResponderExcluirMas ficou o desejo de vê-lo.
Este foi uma das poucas transposições para o cinema, para mim, fizeram jus à série de TV, atualizando-a, complementando-a e enriquecendo-a.
ResponderExcluirPutz, passei uma semana fora da net (ainda estou longe graças ao general russo skavuska e seu mundo utópico da net) e já tem uns três posts novos.
ResponderExcluirGostei muito do filme. Não sou fã hardcorezão de Star Trek (não sei falar Klingon) mas achei que foi fiel a série. Lembrando-se que como os personagens são mais novos isso dá mais liberdade para os roteiristas no quesito caráter e atitudes.
Achei a escolha dos atores muito boa e a trilha sonora também (principalmente Beastie Boys na cena que Kirk moleque foge da polícia numa moto).
Ótima resenha, para variar.