Título Original: Captain America: The First Avenger (2011)
Diretor: Joe Johnston
Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely
Baseado nos Quadrinos de Joe Simon e Jack Kirby
Produção: EUA
Elenco: Chris Evans, Hayley Atwell, Sebastian Stan, Tommy Lee Jones, Hugo Weaving, Dominic Cooper , Richard Armitage, Stanley Tucci, Samuel L. Jackson, Toby Jones
Sinopse: Durante a segunda guerra, o jovem Steve Rogers deseja se alistar, porém é fisicamente incapaz. Um cientista envolvido com um programa de desenvolvimento de uma raça de supersoldados, vê uma oportunidade de testar sua droga. Rogers seria o primeiro de uma série, porém o cientista é assassinado, o programa é abortado e Rogers é colocado em segundo plano. As coisas mudam quando seu pelotão de origem é aprisionado. Rogers assume então a identidade do Capitão América.
Esse basicamente é o mesmo enredo recontado inúmeras vezes nas HQs da Marvel desde o surgimento do herói em 1941, como parte do esforço de guerra Norte Americano. Há algumas coisas a se observar: o discurso da raça de supersoldados emula o discurso nazista. O Capitão América segue o modelo do herói americano típico, com algumas de suas características amplificadas devido ao conflito: patriotismo exagerado e cego e resolve tudo praticamente sozinho (se bem que neste filme ele monta uma equipe de comandos "politicamente correta" onde inclui um negro e até um improvável japonês, dado o contexto da guerra). Para poder curtir o filme, estes fatos tem que ser ignorados, pelo menos até o final dos créditos.
Quando eu lia as HQs da Marvel nos anos 60, eu não gostava muito do Capitão América justamente pelos pontos apresentados. Eu o chamava de Capitão Reacionário. Continuo achando isso, embora tenha gostado do filme.
O enredo é o esperado, já que o filme foi feito para não desapontar os fãs. O ator que interpreta Rogers/Capitão América o faz de forma caricata, tornando bastante divertidas as situações do jovem soldado Rogers e as inseguranças pessoais do Capitão América.
Um ponto a observar é a estética retrofuturista, que poderia colocar o filme como “dieselpunk”, com artefatos desenvolvidos pelos nazistas que agregam muito mais tecnologia do que realmente existia na época. Às vezes tem-se a impressão que estamos assistindo uma longa propaganda de brinquedos, que certamente serão disponibilizados para compra em breve.
O título por outro lado remete ao próximo filme: Os Vingadores. O objetivo foi apenas contextualizar o Capitão América dentro da realidade dos Vingadores.
Em resumo: se você gosta um do Capitão América, vá ver o filme. Se gosta de HQs em especial da Marvel, também. Mas é bom estar atento para dar algum "desconto" para as patriotadas e estereótipos. Um filme mediano.
Assisti a estréia em Recife quando fui ministrar uma palestra por lá. Mal sai do cinema, passei ao lado de uma loja de brinquedos e na vitrine muitos brinquedos do Capitão América. Eles não perdem tempo =]
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