Título Original: Rise of the
Planet of the Apes
Direção: Rupert Wyatt
Roteiro: Rick Jaffa e Amanda Silver , baseado no
romance: La planète des singes de Pierre
Boulle
Elenco: James Franco, Freida
Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton, David Oyelowo
Sinopse: Will Rodam é um
cientista que busca a cura para o mal de Alzheimer e faz testes em chimpanzés. A
droga, baseada em um retro vírus, provoca alterações no cérebro dos macacos. Um
deles, Cesar, é criado pelo cientista em sua casa após as pesquisas terem sido
suspensas. Tudo vai bem, até que Cesar ataca um dos vizinhos de Will, em defesa
ao pai do cientista. Cesar é confinado e após ter sofrido muito nas mãos de
humanos, Cesar se rebela e liberta todos os macacos que consegue.
Confesso que estava temeroso a respeito deste filme, pois em tese, era
uma refilmagem do quarto filme da série clássica, que era bem ruim. Felizmente,
os roteiristas só aproveitaram praticamente o título e nome do macaco.
O roteiro é suficientemente bem elaborado para dar uma explicação plausível
para O Planeta dos Macacos, mas não fica só nisso, colocando uma forte motivação
ao cientista para prosseguir com as pesquisas (ele tem o pai com Alzheimer), um
apego a Cesar e o comportamento instintivo do animal superando seu verniz
civilizatório ao ser defrontado com situações limites (seu primeiro contato com
a natureza, a agressão do vizinho ao pai de Will e o confinamento forçado com
outros macacos e, por fim, os mal tratos sofridos).
O enredo é auto contido e pode ser visto mesmo para quem nunca viu
nenhum dos filmes da série clássica ou o filme de Tim Burton. Ou para quem viu
e não gostou.
Um destaque especial aos efeitos especiais. Os macacos foram criados em
computação gráfica mas não se nota em nenhum momento soluções continuidade nos
movimentos e expressões faciais. Houve a preocupação de criar cada macaco
individualmente, dando-lhes aparência, expressões corporais e faciais e até
personalidades diferenciadas.
Atenção! Spoiler
A cena final ocorre depois de alguns créditos, onde uma doença que só
afeta humanos oriunda de um erro de manipulação do retro vírus é propagada por
um piloto de avião de carreira, lembrando um pouco o final de Os 12 Macacos.
O filme é muito bom, porém cabe ressaltar um defeito: a forma de ser mostrado
como o ocorre a propagação, com um dos personagens lançando perdigotos sangrentos
é muito exagerada, como se menosprezasse a capacidade do público perceber isso
de uma forma mais sutil. Parece que o diretor esqueceu que o público é o mesmo
que conseguiu se sensibilizar com as expressões faciais de Cesar (que, se fosse
real, ganharia o Oscar de melhor ator) e dos outros macacos.
Em suma um bom filme que merece ser visto mesmo para quem nunca viu
nenhum dos filme da série.
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