terça-feira, 6 de setembro de 2011

Planeta dos Macacos: A Origem

Planeta dos Macacos: A Origem  
Título Original: Rise of the Planet of the Apes
Direção: Rupert Wyatt                
Roteiro:  Rick Jaffa e Amanda Silver , baseado no romance: La planète des singes de Pierre Boulle
Elenco: James Franco, Freida Pinto, John Lithgow, Brian Cox, Tom Felton, David Oyelowo        

Sinopse: Will Rodam é um cientista que busca a cura para o mal de Alzheimer e faz testes em chimpanzés. A droga, baseada em um retro vírus, provoca alterações no cérebro dos macacos. Um deles, Cesar, é criado pelo cientista em sua casa após as pesquisas terem sido suspensas. Tudo vai bem, até que Cesar ataca um dos vizinhos de Will, em defesa ao pai do cientista. Cesar é confinado e após ter sofrido muito nas mãos de humanos, Cesar se rebela e liberta todos os macacos que consegue.

Confesso que estava temeroso a respeito deste filme, pois em tese, era uma refilmagem do quarto filme da série clássica, que era bem ruim. Felizmente, os roteiristas só aproveitaram praticamente o título e nome do macaco.

O roteiro é suficientemente bem elaborado para dar uma explicação plausível para O Planeta dos Macacos, mas não fica só nisso, colocando uma forte motivação ao cientista para prosseguir com as pesquisas (ele tem o pai com Alzheimer), um apego a Cesar e o comportamento instintivo do animal superando seu verniz civilizatório ao ser defrontado com situações limites (seu primeiro contato com a natureza, a agressão do vizinho ao pai de Will e o confinamento forçado com outros macacos e, por fim, os mal tratos sofridos).

O enredo é auto contido e pode ser visto mesmo para quem nunca viu nenhum dos filmes da série clássica ou o filme de Tim Burton. Ou para quem viu e não gostou.

Um destaque especial aos efeitos especiais. Os macacos foram criados em computação gráfica mas não se nota em nenhum momento soluções continuidade nos movimentos e expressões faciais. Houve a preocupação de criar cada macaco individualmente, dando-lhes aparência, expressões corporais e faciais e até personalidades diferenciadas.

Atenção! Spoiler

A cena final ocorre depois de alguns créditos, onde uma doença que só afeta humanos oriunda de um erro de manipulação do retro vírus é propagada por um piloto de avião de carreira, lembrando um pouco o final de Os 12 Macacos.

O filme é muito bom, porém cabe ressaltar um defeito: a forma de ser mostrado como o ocorre a propagação, com um dos personagens lançando perdigotos sangrentos é muito exagerada, como se menosprezasse a capacidade do público perceber isso de uma forma mais sutil. Parece que o diretor esqueceu que o público é o mesmo que conseguiu se sensibilizar com as expressões faciais de Cesar (que, se fosse real, ganharia o Oscar de melhor ator) e dos outros macacos.

Em suma um bom filme que merece ser visto mesmo para quem nunca viu nenhum dos filme da série.

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