Roteiro:
Fábio Yabu
Arte:
Michel Borges
Editora:
JBC
Ano:
2013
128
páginas
Sinopse:
Novas aventuras com a trupe Combo Rangers. Em Nova Cidade, muita
gente tem superpoderes, mas como as coisas estão aparentemente nos
eixos, as pessoas usam estes superpoderes para coisas rotineiras,
como ir voando ao seu trabalho ou para se exibir. Porém, há uma
ameaça vinda do espaço e as pessoas, mesmo com superpoderes não
consegue perceber que podem usá-los para salvar o planeta. A ameaça
são as forças invasoras do Império Domao. Entram em cena
três heróis aposentados: Reflexo, O Pacificador e o Poderoso que ao
perceberem que não tem cacife para enfrentar este poder inimigo,
resolvem convocar cinco pré-adolescentes para lutar contra esta
terrível ameaça.
Criados
em 1998 por Fábio Yabu, os Combo Rangers surgiram inicialmente na
Internet e dado o sucesso migraram para páginas impressas, porém
devido a diversos fatores, param de ser publicados no ano 2000.
Todavia, segundo o próprio Fábio Yabu, havia uma nova geração de
fãs, incentivados pelos pais, tios e irmãos mais velhos, que
curtiam as velhas histórias do Combo Rangers.
Não
cabia um relançamento ou mesmo novas aventuras com os heróis
antigos. A solução foi criar um novo universo de heróis mais
antenados com a nova geração de fãs, que vive grudada nos tablets,
mas tem que enfrentar uma escola com uma estrutura arcaica e
uniformizante e o bulling praticado por alunos com superpoderes.
Assim
surgem Fox, Ken, Kiko, Lisa e Tati (três rapazes e duas moças), que
estudam numa escola cujo diretor tem o sugestivo nome de Monte,
com mentalidade retrógrada e
controladora. Aliás este é um dos méritos de Yabu, ele faz uma
crítica pesada em relação à escola como está atualmente
estruturada. Em determinado momento Monte
faz uma declaração de que as pessoas têm
que ser padronizadas
para se ajustarem à sociedade.
Outro
posicionamento é em relação à
acomodação
das pessoas em relação a um salvador da pátria,
quando elas mesmas tem o poder
da mudança (afinal, muitos tem superpoderes).
Yabu,
talvez por ser uma história destinada às pessoas muito jovens, não
aprofunda muito as críticas, colocando como contraponto a
possibilidade de redenção a alguns dos opositores terrestres dos
jovens (por exemplo, o pai de Fox e o diretor Monte), mas sem deixar
de dar algumas alfinetadas no governo (o Presidente nem percebe a
crise que se desenrola) e em relação aos serviços públicos.
Os
cinco heróis foram escolhidos pelos aposentados por suas
características de caráter e nenhum deles tinha um poder especial.
Então terão que se adaptar à nova condição e descobrirem em
pouco tempo e sob pressão cada um de seus poderes.
A
mensagem, dirigida aos pré-adolescentes, é que cada um tem um herói
dentro de si e ser herói é dar o seu melhor.
Completando
tudo está a ótima arte de Michel Borges.
O
resultado é um HQ bem divertida, que agradará os fãs antigos e os
novos ou mesmo quem nunca conheceu esta trupe de heróis.
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