Título
Original: Lone Range
Direção:
Gore Verbinski
Roteiro:
Justin Haythe, Ted Elliott,Terry Rossio
Elenco:
Johnny Depp, Armie Hammer,Tom Wilkinson, William Fichtner, Ruth
Wilson e Helena Bonham Carter
Ano:
2013
Duração:
149 min.
Sinopse:
O advogado John Reid, após uma desastrada tentativa de impedir a
fuga de um prisioneiro de um trem fica literalmente ligado – por
meio de correntes – ao índio Tonto. John Reid coloca Tonto na
cadeia e, a seguir, participa de uma patrulha comandada por seu
irmão. Essa patrulha é vítima de uma emboscada sendo todos mortos
menos John, que fica gravemente ferido. Ao ser salvo por Tonto, é
convencido pelo índio a agir nas sombras, usando máscara, para
perseguir o vilão.
Quem
conhece o Cavaleiro Solitário vai estranhar algumas coisas. Em
primeiro lugar, o Tonto é realmente “tonto”, bem diferente do
antigo seriado e das HQs onde é um índio valente e inteligente. Não
se podia esperar outra coisa já que o Tonto é interpretado por
Johnny Depp. E, em segundo lugar John Reid é igualmente tonto,
fazendo os dois uma dupla de atrapalhados.
O
enredo se concentra na origem do herói e sua transformação de um
advogado agarrado à letra da lei em um justiceiro mascarado e o
ajuste da dupla, com vai em vem conflituoso de valores e de maneiras
de agir, até os dois encontrarem um denominador comum.
O
filme tem ares de iconoclasta, já que questiona o papel do exército
no conflito indígena com um general que é a caricatura do General
Custer, o falso moralismo dos evangélicos da época – numa cena
invadem um prostíbulo apenas por que um “pagão” (Tonto) está
lá dentro – e a ganância dos empresários ligados à ferrovia.
Mas isso é “chutar cachorro morto”, já que isso
vem sendo feito há décadas, desde Pequeno Grande Homem e Dança com
os Lobos.
Há
um apêndice meio fora de contexto. Tonto reclama o tempo todo que “a
natureza está em desequilíbrio”, e às vezes isto ser mostrado de
maneira bizarra, embora renda algumas piadas.
Aliás,
o humor é tônica do filme. A visão de mundo ingênua de John
leva-o a fazer atos realmente temerários. Tonto, por sua vez,
apega-se aos costumes tribais da maneira que melhor lhe convém,
contando com a ignorância do amigo nestes aspectos. Isso fica
evidente quando são capturados por Comanches.
As
cenas de ação são bem dirigidas e emocionantes, sobretudo a
perseguição e luta nos trens no final, com uma cavalgada sui
generis do Cavaleiro Solitário
sincronizada com a música “A Cavalgada”, da ópera Guilherme
Tell, num timming perfeito (esta música era usada como abertura do
seriado dos anos 50).
Curiosiodades Nerds
Não
tiveram o mesmo cuidado como o nome Tonto, que
tem conotação pejorativa em português. Por
este motivo, nos
países de língua hispânica, Tonto
tem o nome de Toro. No
filme, John Reid faz menção a este significado em uma das cenas.
Trailler
Curiosiodades Nerds
No
Brasil nos anos
60 passou na TV um seriado chamado Zorro,
que nada mais era do que O Cavaleiro Solitário.
O nome Zorro foi
escolhido porque Lone Range
– cuja
tradução poderia ser “patrulheiro solitário” –
soava meio sem sentido. Eu
também achei, porque o
título de Cavaleiro Solitário não
correspondia à verdade: ele
não era tão solitário assim, pois
tinha um companheiro. Porém
isso tem a ver a natureza dos
“rangers”: eles andavam
sempre em grupo. O filme
resgata isto.
Seriado dos anos 50-60
O
Besouro Verde
é do mesmo criador de Cavaleiro
Solitário
(George
W. Trendle).
Há paralelos óbvios: ambos usam máscaras, tem um companheiro
exótico, são justiceiros e... tem o mesmo sobrenome (a
identidade secreta dele é Britt
Reid).
Quando
o seriado
tradicional
do
Zorro
estreou no Brasil, as chamadas
anunciavam “o Zorro
de Walt Disney” para diferenciá-lo do Cavaleiro Solitário.
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