Django Livre
Título Original:
Django Unchained
Direção: Quentin
Tarantino
Roteiro:
Quentin Tarantino
Elenco:
Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Kerry Washington,
Samuel L. Jackson, Walton Goggins, James Remar
Produção: Estados
Unidos
Ano: 2012
Sinopse: Um
caçador de recompensas de origem alemã, encontra-se com um mercador
de escravos, pois entre os escravos está Django, uma pessoa que é
capaz de reconhecer três foragidos da lei, com a cabeça a prêmio.
Django é libertado e os dois passam a ser parceiros.
Em meados dos ano 1966
os italianos causaram uma grande quebra de paradigma num dos pilares
da cultura norte americana: criaram o western spaghetti. O estilo
italiano de fazer western era: enredos simples, caracterização dos
personagens sem glamour (feios, sujos e mal vestidos), cenários
igualmente decadentes (ruas enlameadas, casas e comércio toscos) e
muita violência.
Um dos filmes que
estabeleceu os parâmetros foi Django, do
diretor Sérgio Cobburci. Ele contém todas as características
apontadas especialmente na questão “violência”: mulheres sendo
chicoteadas, mãos esmagadas e principalmente, tiroteios, a ponto de
ser banido na Inglaterra até 1993.
Um
prato feito para Tarantino, que acrescentou um dedo a mais de sangue,
sua assinatura. Tarantino não se propôs a simplesmente refilmar
Django. Deu um novo
contexto, situando-o no conflito racial pré Guerra da Secessão,
deu-lhe novos inimigos e uma motivação de salvar sua esposa e não
vingá-la (como no original) e um companheiro de luta alemão.
Acrescentou uma boa dose de humor, por fim, mudou a etnia do
personagem: Django agora é um escravo fugitivo. Mas manteve a sua
principal característica: o personagem fala pouco e atira muito. E
seus diálogos parecem tiroteio.
Sabiamente,
Tarantino manteve a trilha original, um dos pontos altos da primeira
versão de Django, mas perdeu ao não usar o caixão que Django
carregava no início do filme, arrastando-o atrás de si (a cena foi
aproveitada até num filme brasileiro da Boca do Lixo, o hilariante Um pistoleiro chamado Papaco).
As
atuações dos atores estão primorosas, com destaque para o vilão,
Mr Candie, representado o por Leonardo DiCarpio.
Um
detalhe: Franco Nero, que representou o primeiro Django, faz uma
ponta no filme. Os dois “Djangos” tem um diálogo, algo assim:
– Qual
é seu nome?
– Django.
– Soletre.
– D-J-A-N-G-O.
O D é mudo.
– Eu
sei.
Um
bom filme. Uma excelente homenagem ao gênero.
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