Os Três Mosqueteiros
Título original: The
Three Musketeers
Direção: Paul
W.S. Anderson
Roteiro: Andrew Davies, Alex Litvak
Elenco: Logan Lerman, Matthew Macfadyen, Ray Stevenson,
Christoph Waltz,Orlando Bloom, Milla Jovovich, Mads Mikkelsen
Direção de arte: Glen
MacPherson
Produzido em: Estados Unidos / Reino Unido /
França / Alemanha
Ano: 2011
Sinopse: No inicio do reinado de Luiz XIV, o jovem D’Artagnan
deseja tornar-se um mosqueteiro do rei. Desconhece que os mosqueteiros estão
decadentes. Sua chegada e um acontecimento que pode levar a França a uma guerra,
os motivará a retomar sua antiga disposição.
Eu suspeito que Os Três Mosqueteiros é a obra de literatura
mais filmada da história do cinema. Não se pode dizer nem que seja um ”remake”
de tantas versões que existem.
Normalmente as versões dão muita ênfase às lutas de espadas
coreografadas, às intrigas palacianas com o Cardeal Richelieu e belas mulheres,
como Milady de Winter, Constance e a rainha Ana.
Será que havia algo a inovar? Paul Anderson apostou que sim.
Mantendo a estrutura do romance original com poucas alterações, introduziu
alguns elementos retrofuturistas e de filmes de espionagem: navios alçados ao
ar por meio de balões de ar quente, trajes
de mergulho, armas especiais, mecanismos e uma inexplicável armadilha diante do
cofre de jóias da rainha.
Estes elementos dão mais cor e sabor ao filme e estão bem
colocados na trama, com exceção da armadilha do cofre, que apenas está lá para
mostrar os dotes físicos e acrobáticos de Mila Jovovich.
Quem conhece Os três Mosquetiros já sabe o que vai acontecer
e uma parte do público até espera encontrar o que vai ver: a trama do colar, as
lutas entre os guardas do Cardeal e os mosqueteiros, a impulsividade de d’Artagnan
e a volta por cima no final.
Um filme divertido.
Dica: economize seu dinheiro, o efeito 3D não acrescenta
muito.
trailler
Curiosidades Nerd
Alexandre Dumas escreveu vários romances históricos e tinha
um bom conhecimento dos fatos que narrava, mas não tinha preocupações com a
exatidão, misturando fatos de épocas distintas, como neste livro. Por exemplo, os três moqueteiros realmente
existiram, mas apenas Athos e Aramis
serviram juntos e num período posterior ao retratado no romance. A intriga do
colar, retratada no romance, ocorreu com Maria Antonieta, uma tentativa dos
revolucionários de legitimar a sua condenação à morte.
De certa forma, podemos dizer que Alexandre Dumas inventou a
História Alternativa e provavelmente não reclamaria se colocassem balões no seu
romance.
Alexandre Dumas inventou uma história de tamanho realismo, cheia de detalhes, descreveu tão bem os lugares por onde passaram os três mosqueteiros que a gente, quando viaja pelo interior da França, fica procurando as estalagens onde eles pernoitaram e alimentaram os cavalos. Acho que foi esta a história mais apaixonante de aventuras que já tive o prazer de ler. Assistirei ao filme, com certeza.
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