Um dia
depois do Dia das Bruxas recebi a notícia de que a Tarja Editorial,
que investira pesadamente na Literatura Fantástica, fechara as
portas. As mesmas portas que abrira anos antes para autores
iniciantes e para um gênero marginalizado pelo mainstream.
Muitos
autores inciantes começaram por lá e alguns tive o prazer de
conhecer nos lançamentos e que depois se tornaram meus amigos, em
companhia dos diretores da Tarja, Richard Diegues e Giampaolo Celli,
pessoas que tinham um real entusiasmo por aquilo que faziam, desde a
escolha de autores, de títulos, da arte da capa, tradução de obras
estrangeiras e de tudo que faz um bom livro.
De
todos os lançamentos, merece destaque a coleção Fantástica Literatura Queer que, mais do que levantar uma bandeira, trouxe
textos de real qualidade de um tema duplamente marginalizado.
Não
sabemos qual o motivo que gerou esta decisão, mas supomos ser pelas
agruras deste mercado editorial, onde todos nós, autores, editores,
críticos e leitores, somos pressionados pelos desprezo do chamado
mainstream, da presença maciça de multinacionais que entopem
as livrarias com livros com vários tons de cinza ou códigos de
pintores renascentistas de um lado e de editoras caça niqueis de
outro, que aviltam o trabalho de bons editores.
Espero
sinceramente que o trabalho de Richard Diegues e de Giampaolo Celli
continue em outras paragens. O mundo da Literatura Fantástica
precisa de gente assim.
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