segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Total Recall – Vingando o futuro pela segunda vez


Título original: Total Recall
Diretor: Len Wiseman
Roteiristas: Kurt Wimmer, Mark Bomback (baseado no conto We Can Remember It for You Wholesale, de Phllip K. Dick)
Elenco: Colin Farrell, Bokeem Woodbine and Bryan Cranston

Sinopse: Após uma guerra química, a Terra está dividida em apenas dois lugares onde a sobrevivência é possível: a Federação Unida da Bretanha (com um território correspondente a parte da Europa, e do outro lado do mundo, onde seria hoje a Austrália, A Colônia. A comunicação entra as duas e feita por um sistema de transporte que atravessa o eixo da Terra. Esta oposição marca também uma divisão de classes bem clara: os habitantes da colônia fornecem trabalhadores para a Federação. Denis Quaid, um trabalhador numa fábrica de robôs, sonha cvom uma vida melhor e decide usar os serviços de uma agência de viagens ilusórias, a Total Recall. A partir de então seus sonhos e a realidade se misturam de tal forma que nem sua própria identidade pode ser real.

O filme é uma refilmagem de um clássico de FC com o mesmo nome, feito em 1990, tendo Arnold Schwarzenegger no papel de Quaid. Na época os exibidores brasileiros, para aproveitar o vácuo de O Exterminador do Futuro escolheram o título infeliz de O Vingador do Futuro, como se o filme não pudesse andar com as próprias pernas.


Total Recall – 1990

Por ser uma refilmagem, os exibidores atuais  resolveram manter o nome torto. Eu particularmente acho o título original do filme genial, pois transmite a ideia de recuperação de memória como a chamada de consumidores para uma correção um erro de um produto. Pelo título, já saberíamos que alguma coisa iria dar muito errada.

Assumindo o papel do agente duplo Hauser, Quaid, um homem comum, passa já dentro da própria Recall a assumir uma vida cheia de perigos, justamente. aqueles que ele escolheu para compor seu sonho.

O enredo é típico de Dick: nada pode ser considerado real. Será que a(s) vida(s) do agente Hauser (papel assumido por Quaid no sonho da Recall) são mais verdadeiras que a do operário?

O filme não decepciona nem um novo espectador, nem aqueles que conhecem a obra original. O diretor optou por manter a estutura original, mundando alguns pontos do enredo e recheando-o com referências ao filme anterior (por exemplo, não usou Marte como cenário, mas citou isso numa das conversas sobre a Rekall).

O filme também tem referências a Blade Runner (cenário cosmopolita decadente, uma das armas usada por Hauser, alguns trechos da trilha sonora e outros easter eggs), Hulk (corridas nos telhados de casa pobres lembrando favelas), uma bem sutil ao filme A Origem (aliás, que também que trata da dubiedade do que é real e o que é imaginário).

Comparações

Isso é inevitável. A nova versão acertou a mão em escolher o ator, Colin Farrell, que, ao contrário de Schwarzenegger, dá mais verossimilhança à trama, pois tem a aparência e expressões faciais e corporais de uma pessoa comum que se vê às voltas com uma situação incomum.

Já na primeira versão, a dúvida entre o que que é real ou o que é imaginário é bem mais marcada, fazendo o espectador ficar confuso até o último instante (e depois também...).

Na nova versão apesar disso também estar presente, há um pouco mais ênfase na situação política (já que a Austrália é bem mais perto que Marte e a população em risco não é formada por mutantes e sim trabalhadores). E, por não haver mutantes, não há muitos efeitos de maquiagem.

Em relação à ação, embora os dois filmes sejam voltados para isso, na versão mais nova o ritmo é mais rápido e as ações mais espetaculares.


Total Recall - Trailer 2012


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