segunda-feira, 10 de maio de 2010

Blade Runner - Edição Especial

Titulo: Blade Runner - Edição especial - 3 discos
Direção: Ridley Scott
Elenco: Harrison ford, Rutger Hauer, Sean young, Edward James Olmos, M. Emmet Walsh, Daryl Hannah
Ano: 2007.


Para fanáticos. Quem, a não ser um fã de carteirinha, compraria um caixa de um DVD triplo com quatro (isso mesmo, quatro) versões do mesmo filme e um making of de três hora de duração?
A versões apresentadas são: a versão original de dos cinemas americanos de 1982, a versão internacional, também de 1982, a versão de diretor de 1992 e a tão esperada versão "definitiva" do diretor Ridley Scott.

O grande chamariz é a versão "definitiva" com algumas cenas ampliadas e, segundo boatos, um final onde Ridley Scott dá sua visão de que Derek era definitivamente um andróide.

Graças aos céus esta versão de final era apenas um boato! Do contrario Ridley Scott teria jogado fora o que o filme tem de melhor. Philip K. Dick, autor do romance que deu origem ao filme, tem como características mais marcante a geração de dúvidas na cabeça de seus leitores. O filme ainda que mostre o unicórnio em origami e o sonho de Derek, não diz claramente "é". E isso de fato não importa, pois nós humanos o que realmente somos? Esta é a questão que Dick e Scott nos colocam.

Do mais o que esta versão trás de diferente? O acréscimo de umas poucas cenas, sendo a mais marcante o assassinato de Tyrrell, onde é mostrado o esmagamento dos olhos da vítima para dentro do seu cérebro (cena que já apareceu na versão para VHS de 1982). Estas cenas mais cuidam de detalhes que outra coisa. Por exemplo, Derek bebe um gole uma bebida clara após ter sido ferido na boca e o liquido passa a apresentar filetes de sangue.

Dicas nerds:

Há muitas referências no filme:

  • O visual futurista revela de quando em quando algumas ambientações retrô, como a sala onde foi interrogado Leon. Ela lembra filmes noir dos anos 50.
  • O aparelho usado no teste assemelha-se um engenho descrito num dos livros de Isaac Asimov, como uma máquina para testar a terceira lei da robótica.
  • A atriz se veste e parece fisicamente com a namorada do Spirit, personagem de Will Eisner, dos anos 40 (a roupa e o penteado de Rachel são típicos do anos 40).
  • O nome do edifício onde ocorre a luta final, além de lembrar a arquitetura dos anos 40, chama-se Bradbury, homenagem a um dos autores de FC contemporâneos de Dick (Ray Bradbury).
  • Numa cena de perseguição na rua, aparecem Hare Krishnas (muito comuns nos anos 80).
  • Um dos anúncios luminosos é da Pan Am, empresa aérea que faliu nos anos 80 (uma ironia mostrá-la com atuante em 2019).

Um comentário:

  1. eu amo esse filme e nos anos noventa assisti no Cine Gazeta a versão que não foi aos cinemas sem as falas em off do Derek. Achei que só tinha essa... Lembro que eu já tinha assistido ao filme tantas vezes que as falas surgiam no off da minha mente... Mas, o final dessa versão exibida no Gazeta fica muito mais intrigante ao terminar no elevador do prédio, ao invés do romantismo do carro em meio aos vales da primeira versão que assisti nos anos 80 (que, depois do teu post, acho que é a internacional de 1982...)

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